sábado, 3 de abril de 2010

O que houve?

Não foi o excesso
- de vinho, de amor, de sexo, de fala.

Não foi a escassez
- de vinho, de amor, de sexo, de fala.

Que mania essa nossa de procurar o que foi.
Nada foi, senão é [se não é].

É o vinho, é o amor, é o sexo, é esse tanto de fala.
Tudo no presente e com implicação autoral.

Sem nada que seja dado pelo outro
- pelo vinho, pelo amor, pelo sexo, pela fala.

Mas será que seria,
- sem vinho, sem amor, sem sexo, sem fala?

O que será que seria se não fosse o que foi?

Para questões como essas, não há resposta.
- Há vinho, há amor e há sexo. Há fala.

E quando o vinho acabar, o amor acabar e o sexo acabar, sem algo a falar
pediremos novos vinhos, novos amores, novos sexos. Mais falas.

É assim, o fluxo inexorável da vida.
Principalmente depois que inventaram o salário, a pílula anticoncepcional, o divórcio, o amor livre, o viagra e a psicanálise.

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