quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quebra de dormência

Do desenrolar do que está guardado, surge um pequeno brotinho.
Para alguns, potência.

No brotar verifica-se a atualidade do que estava guardado.
Confere-se. Confronta-se.

E é bonito pensar que guardado, junto ao que seria futuro-broto, está tudo que o broto precisa e é. - o próprio broto, em forma anterior.
Na mudança. No antes, o meio.
E o broto, o depois.

Desvela-se do interior do abrigo o que estava em reserva. O que nutria.

Germina.

Quando em dormência, porém, há a espera. A latência.

Escarificar?  Calor? Frio? Fogo?
O que quebrará a dormência, dessa vez?

É que, sabe-se-lá-porquê, ela está a dormir.
Guardada no que a transformará no que virá-a-ser.
Imersa em um mar de memórias, que nutrem o seu por-vir.

Virá?




Dormência: período de vida no qual o metabolismo de um organismo é temporariamente suspenso. Muitas sementes entram em períodos de dormência. Algumas só germinam no frio. Outras no calor. Outras quando passam pelo trato digestório de algum animal. Outras quando em contato com o fogo. Para acelerar a quebra de dormência de algumas plantas cultiváveis, podemos escarificar as sementes.


E para quem não leu, eu gosto deste texto: http://lagartoleta.blogspot.com/2009/11/anemocoria.html