sábado, 29 de maio de 2010

"Não sentes também o perigo na gargalhada do mar?"

Daí ontem ele disse que a vida é pra ser vivida destemidamente.
Que a ideia é se jogar tanto na alegria quanto na tristeza,
sem medo de amanhã.
Que o futuro é o nosso melhor amigo.

Eu entendi e até achei bonito.

Daí eu respondi que a minha ideia de como encarar a vida tangencia minha relação com o mar.

Eu tenho receio do mar.
E amo o mar, também.
Tenho medo.
E me jogo no mar.
Me jogo, mas com respeito.
Deixo que as ondas me atravessem,
sem deixar de atravessar cada uma delas.
De vez em quando ele me sacode.
Aí sinto que eu estou nele. E que ele está em mim igual.

Eu respeito o mar, os peixes, as águas, dona Iaíá.
Assim como respeito essa tal ideia de alegria e felicidade.
Que não tem hora pra chegar ou sair.
Que é imanente e platônica.
Que não passa de ideia.
Que é objetivo comum.
Que me causa receio.
Que é capaz de diluir o sal.
Assim como a água do mar.

Eu disse que o respeito ao mar está na minha cosmologia.
Ele disse que se desprendeu de cosmologias.

domingo, 23 de maio de 2010

Mania de organização I

[Clique na imagem para vê-la em tamanho maior e conseguir ler.]

Listas e diagramas.
Calendários e tabelas.

Assim se organiza o dia-a-dia, as férias, as músicas, os livros e os amores de quem sofre da minha disfunção: obsessão por organizar a vida.

Isso deve ser fruto da minha "natural" desorganização mental, emocional, estrutural;

Hoje me vi sem conseguir organizar o pensamento de futuro. E aí me lembrei de uma estrutura para organizar as aprendizagens e colocá-las em ação. Eu aprendi isso no PDC de 2008. Nunca joguei fora.

Para o domingo era o que eu precisava.