Que a ideia é se jogar tanto na alegria quanto na tristeza,
sem medo de amanhã.
Que o futuro é o nosso melhor amigo.
Eu entendi e até achei bonito.
Eu tenho receio do mar.
E amo o mar, também.
Tenho medo.
E me jogo no mar.
Me jogo, mas com respeito.
Deixo que as ondas me atravessem,
sem deixar de atravessar cada uma delas.
De vez em quando ele me sacode.
Aí sinto que eu estou nele. E que ele está em mim igual.
Eu respeito o mar, os peixes, as águas, dona Iaíá.
Assim como respeito essa tal ideia de alegria e felicidade.
Que não tem hora pra chegar ou sair.
Que é imanente e platônica.
Que não passa de ideia.
Que é objetivo comum.
Que me causa receio.
Que é capaz de diluir o sal.
Assim como a água do mar.
Eu disse que o respeito ao mar está na minha cosmologia.
Ele disse que se desprendeu de cosmologias.