Naquele mesmo modelo: tonta de álcool às 4 da manhã. E muito inspirada. Com fome de arroz integral gelado com shoyu e vontade de ler tudo que há de mais brilhante na internet. Todos os devaneios oníricos possíveis hospedados nos sites de blogs que recebem o apelido de favoritos. E Demetrios Galvão nem imagina como será visitado essa noite. Entretanto, é pouca a paciência e menor ainda a concentração. Muitos sentimentos que estavam dormindo afloram e a última vez que a criatividade esteve tão vívida lhe custou uma baita dor de cabeça atribuída, injustamente, ao último chope da noite.
Entre um clique e outro, acessará todos aqueles blogs que segue fielmente em busca de um poema que esteja saindo do forno, que tenha sido publicado agorinha por mais um insone-etílico e que vai completar o espaço no peito que surgiu depois dessa noite que mais pareceu um coito interrompido.
Seguidora fiel de N blogs, como a maioria das seguidoras fiéis, não conseguirá se concentrar em 2/3 dos textos e logo clicará novamente em todos os textos previamente lidos na última noite etílica. Esses que ela já conhece, já gostou, já elogiou e até pensou "poxa, podia ter sido eu quem escreveu esse treco..". Mas que sempre quer ler outra vez porque parecem resumir tudo em poucas linhas. E tudo agora tem um formato meio torto e uma cor meio turva. E se pedir pra que faça o 4, tudo certamente se estabacará no chão. Mas precisa ler. Alguma coisa deverá se encaixar nesse estado meio letárgico, meio ansioso, meio romântico, meio solitário.
E serão muitos os MP3s desenrolados nessa solidão construtiva que transforma todas as músicas em poesia e o frio da noite em brisa existencialista - daquelas que dão vontade de partir deixando um bilhete emocionado. A lastfm dos amigos nunca pareceu tão frutífera. E Mateo Messina nunca pensou que seria motivo de repeat.
A noite foi boa, mas parece que essa é a melhor parte. Essa parte desfrutada por ela, com ela, pra ela. Que é só dela. Num intimismo que se confunde com individualismo proporcionado pelo silêncio da casa que, durante o dia, esteve tão agitada. E ela que não quer que ninguém tenha nada com isso. E agora ninguém tem mais nada com isso mesmo. Ou pelo menos, agora, parece que ela já não se importa. Mas se importa sim, porque já até aprendeu a controlar o resultado possivelmente desastroso disso tudo: a essa altura do campeonato, gastará suas melhores metáforas em um email romântico contra-orgulho que, dessa vez, assim como na anterior, não será enviado. Será dignamente salvo na caixa de rascunhos de forma que, amanhã, descabelada e sóbria, ela possa suspirar aliviada e postar em seu Twitter mental: "Maturidade é beber gim, cachaça e cerveja e ainda assim manter o autrocontrole". Aquele e-mail, muito em breve, será matéria de poesia. E isso bastará até próximo encontro.
E é por isso que eu sou pró-álcool. ;)
ResponderExcluir* sobre as nozes, tava total de ressaca: "reproduzi-lo-ei meu cérebro esmagado e calórico, que só funciona na marretada." hahaha genial..
Bom demais ler amiga inspirada. Um beijão da amiga virtual insone da vez... Risos...
ResponderExcluirSeu blog é uma delíca, dá vontade de comer, fofinho, comer com os olhos, com as mãos...Um brinde à todas as nossas madrugadas insones...que bom que elas geram textos tão bons quanto os seus....
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