quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quando os peixes se apaixonaram.



Gnosiologia, ontologias, metodologias - Em 5, 7, 5.


O pequeno Aurélio, que havia vindo do alto do morro, bem distante de rios e mares, não quis palpitar. As demais crianças pareciam não entrar em um acordo sobre como investigar a questão.


Aguti gostava da física. E sugeriu uma solução para o problema.


"Esses peixinhos
e a resistência do ar
apaixonaram-se!"


As crianças gostaram, mas ainda não se sentiam contempladas pela resposta de Aguti.


Agnes gostava mais da Biologia, e desconfiou:


"Peixe apaixonado:
espécie não descrita.
Evolução?"


Cibele, que se encantava pelo português, retrucou:

"Metáfora:
até peixes se apaixonam
na língua dos outros."


...e Nina, em seu devaneio matemático, em busca da precisão, indagou:


"Paixão de peixinho:
acrescento ou subtraio
ao peso de Ada?"


Foi quando Ivel, que gostava das aulas de Ciências Sociais, interrompeu:


"Ponto de vista:
Ada pesa o peixe ou
peixe pesa Ada?"


Aurélio, Aguti, Agnes, Cibele, Nina e Ivel já tinham uma nova brincadeira para as tardes descocupadas das férias que se aproximavam:


"Pescaremos vários peixes. Mediremos e pesaremos cada um deles até descobrirmos qual deles é capaz de se apaixonar!"

Um comentário:

  1. gosto desses alunos inventados
    mas gosto mais ainda você cita os de verdade

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