Pra terceira leva de #versificados desse ano, a sugestão foi falar sobre o dia dos pais. Sobre o pai. Os pais.
Aí balancei o berço das memórias, e algumas incríveis acordaram.
Lembrei de quando ele nos buscava na escola e fazia a proposta surpresa: pedalar até o "cu do pato", comer uma massa e dormir. No dia seguinte nos levaria para a casa da mamãe novamente.
Depois do "cu do pato", como ele chamava um lugarzinho que ficava há uns 10 km da casa dele, cansadas, ele nos faria uma massa para comer. E quando era hora de dormir, sem as nossas camisolas, que estavam na casa da mamãe, ele nos emprestaria camisetas.
Mas ele tinha mais de 1,80 m. E eu deveria ter no máximo 6 anos de idade. Elas ficavam tão grandes. Tocavam o calcanhar e passavam da dobrinha do braço.
Era hora de dormir e ele cantaria, alto: "dórminhapequena não vale a pena despertar!"
Eu sabia que tudo estava bem.
Que eu estava segura.
E que ali, bem ali naquele quarto, ao lado da minha irmã, sob a voz do meu pai, existia o amor.
lembranças doces...
ResponderExcluirMuito bonito, Marina.
Beijo!