Depois de muito acreditar que o mundo que existe lá fora fui eu quem fiz, comecei a querer deixar essa ideia de lado.
É muita responsabilidade.
Tem coisas que não fui eu quem fiz. Que não fui eu quem quis. Que não sou eu quem diz.
Eu não queria que tanta coisa fosse como é, não. E eu nunca disse que queria. E por vezes eu nunca sequer disse o que eu queria.
É que eu tenho dificuldade de querer certas coisas.
E os quereres, ah! Já até foram caetanizados.
Eu queria querer um monte de coisa. Mas as coisas que eu quero de verdade são muito simples.
Nesse momento eu só queria que o o tempo parasse junto com o relógio.
Mas só um pouquinho. Só pra eu conseguir respirar sem ver o ponteiro da vida passando.
Foi na Rita Apoena que eu li assim: "o relógio faz volta, mas o tempo, não.".
E é verdade.
E é verdade também que o relógio para. Mas o tempo, diz o refrão, o tempo não para.
O tempo não fica pendurado na parede, no pulso, ou em cordão.
O tempo....é...aprendi que é relativo. Mas o relógio marca os segundos precisamente de acordo com o que foi estabelecido em alguma convenção desimportante. E a relatividade do tempo ainda não me ensinou a desmanchar essas horas tantas que de nada valem...
O tempo dói em mim hoje, enquanto o relógio dá voltas em minha cabeça.
Ei, obrigada pelas visitas. Ainda não vim aqui com a calma devida, mas o primeiro texto e as ilustrações me convidaram a voltar.
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